sábado, 29 de dezembro de 2012

Acidente no portão da estação.

 Ontem (28/12/2012) a tarde ocorreu um fato incomum na nossa ferrovia,pelo menos para os dias atuais em que o tráfego de trens é mínimo,aconteceu uma colisão de trem com um automóvel na passagem de nível que fica logo após a saída da estação de São João del-Rei.Segundo testemunhas,vários veículos pararam diante da cruz de Santo André (placa que sinaliza um cruzamento férreo) para esperar o trem que estava chegando de Tiradentes passar,mas o motorista de um automóvel Gol ultrapassou a fila de veículos pensando que daria tempo de atravessar os trilhos antes do trem quando foi colhido pela locomotiva Nº 68 que puxava o comboio (justamente a locomotiva mais potente em funcionamento atualmente),o trem entrou na estação com o automóvel servindo de limpa-trilhos.O fato ocorreu por volta das 18:00h.Felizmente parece não ter havido vítimas.Jamais ignore os sinais de avisos nas vias.Fica a pergunta,o que custa esperar menos de 1 minuto para o trem passar?

Foto de Augusto Resende

Foto de Isabella Rosinha


http://www.youtube.com/watch?v=cPoOhK17wNc&feature=share
                                                Vídeo feito por Vinícius Eduardo (meu primo)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A erradicação da bitolinha

 Como sabemos a inauguração da linha de 76cm da EFOM aconteceu em 1881 e o trecho ligava as estações de Sítio (depois Antônio Carlos) a São João del-Rei e tinha quase 200 Km de extenção mas para atingir o Rio Grande como estava nos planos a ferrovia precisaria partir de São João del-Rei rumo ao oeste do estado até a localidade de Ribeirão Vermelho,então em julho de 1886 os trabalhos em tal trecho foi iniciado e trilhos partiam da estação de São João del-Rei por um portão lateral em relação a saída para Antônio Carlos,já na saída havia um pontilhão com uma passarela para pedestres e logo em seguida a linha percorria uns 2 Km bem no meio de uma avenida,a Avenida Leite de Castro (alvo dessa postagem),depois seguia para Aureliano Mourão,nessa localidade foi construído um triângulo para facilitar as saídas para Ribeirão Vermelho,São João del-Rei e Barra do Paraopeba (a estação que ficava no final da linha tronco).
 Meu avô,meu pai e outras pessoas mais velhas que eu sempre me falavam que o trem passava na avenida e eu ficava imaginando como deveria ser,depois descobri que não havia quase nada quando a linha foi construída,era apenas uma reta de 2 Km,mas não demorou chegar para perto do leito ferroviário as fábricas,casas e comércio,tudo por causa do trem que levava e trazia os passageiros e vários tipos de produtos.Entretanto depois de quase um século de intensa atividade nesse trecho,alguns políticos (entre eles o Tancredo Neves que o povo de São João del-Rei idolatra) decidiram acabar com a linha do sertão (como era conhecido esse trecho),mesmo diante de vários pedidos para que se preservasse o trecho pelo menos até a Fazenda do Pombal os políticos desse país que não se importam com a própria história autorizaram a RFFSA a erradicar o restante da bitolinha (o primeiro trecho a ser erradicado foi provavelmente o ramal do Penedo e o ramal que partia da estação de Congo Fino até a mineração entre Ritápolis e São Tiago por volta de 1948),dos cerca de 700 Km de linha restaram apenas pouco mais de 12 Km entre São João del-Rei e Tiradentes.
 Desde muito tempo eu pesquisava para encontrar alguma foto ou vídeo resgistrando os trabalhadores arrancando a linha e então finalmente consegui (por meio de um amigo) algumas fotos,e aqui estão elas.

Trem com locomotiva 41 saindo pela avenida Leite de Castro em 1982,pouco tempo antes da erradicação,note o pontilhão sobre o córrego do Lenheiro e sua passarela.Autor desconhecido.

Trilhos bem no centro da avenida.Autor desconhecido.

Essa seria a visão do maquinista da primeira foto bem em cima da passagem de nível,2 Km de trilho em linha "reta" pela frente.Autor e data desconhecidos.

Ano 1984,fim de quase 100 anos desse trecho (completaria 100 anos de atividade em 1987),dizem que em alguns lugares a linha foi simplesmente soterrada e em outros arrancada sem piedade.Foto do Sr. Benito Grassi.

Trabalhadores da RFFSA retirando algumas barras de trilho.Foto do Sr. Benito Grassi.

Aqui restou apenas a passagem de nível (a mesma em que podemos ver o trem atravessando na primeira foto) que também seria arrancada para o nivelamento do asfalto.Foto do Sr. Benito Grassi.

Aqui os trilhos do pontilhão já haviam desaparecido restando por enquanto só os dormentes e a passarela de pedestres,a passagem de nível estava sendo destruída e o centro da avenida bem onde os trilhos passavam já havia sido transformado em passarela de pedestres.Foto do Sr. Benito Grassi.

Só restou a estrutura do pontilhão (que não sei se foi aproveitada para a construção da ponte rodoviária que agora ocupa seu lugar),note a passarela de pedestres jogada entre a rua e o córrego,o local onde existia a passagem de nível já estava nivelado e asfaltado.O que havia levado anos para ser construído desapareceu em poucos meses.Foto do Sr. Benito Grassi.
E agora temos essa avenida sem graça,sem o trem,sem graça mesmo.Autor desconhecido.

Dedico essa postagem ao Emilio do blog http://diretodesaojoaodelrei.blogspot.com.br/ que me incentivou a escrever novamente nesse humilde blog.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Enchente

 Janeiro como sempre aqui na nossa região e em várias partes do Brasil é o mês em que as chuvas provocam estragos em muitos locais,é triste demais ver a situação em que muitas famílias se encontram nessa época,são casas que ficam debaixo d'água,enchentes que cobrem vários lugares e correntezas que levam muita coisa embora.
 Aqui em São João del-Rei a coisa complicou de vêz nesse último fim de semana,as chuvas foram tão intensas que provocou uma das piores enchentes já vistas por aqui,as saídas rodoviárias para Belo Horizonte (BR-383) e Divinópolis (BR-494) estão interditadas pois o rio da Mortes,córrego do Lenheiro (que corta a cidade ao meio),córrego Água Limpa (esse nome caía bem a uns 100 anos atrás) e rio Carandaí transbordaram de tal maneira que mudou o cenário da cidade,eu mesmo nunca havia visto as águas do córrego do Lenheiro chegando a poucos metros (ou centímetros) do topo dos arcos de pedra da Ponte do Rosário,a última enchente desse porte talvêz tenha sido a do ano de 1992.
  Antigamente com uma enchente dessas os trens ficavam parados em São João del-Rei,não podiam sair nem para Antônio Carlos e muito menos para Barra do Paraopeba,isso se devia ao fato da boa parte da linha da ferrovia margear o rio da Mortes.Bom,isso ainda acontece com os 12 Km restantes que ligam São João del-Rei até Tiradentes.Notei que nesse final de semana o trem não funcionou em nenhum dia e hoje fui com um amigo no local conhecido como Sutil perto do antigo Km 95 da bitolinha para conferir o motivo da interdição do passeio de trem e abaixo estão as fotos.
 O que temos a fazer nesse momento é procurar ajudar que está precisando,se temos alguma roupa que não usamos a muito tempo au que já não nos servem mais,vamos doar para as pessoas que estão perdendo  suas conquistas levadas pela água,em muitos lugares pessoas estão arrecadando roupas e alimentos,o pouco que faremos para ajudar a essas pessoas,receberemos multiplicados por Deus,a isso chamamos solidaridade.
  Quanto ao trem,dá pra resolver depois...





Marcação do Km 95 + 100 quase encoberto pela enchente.Foto de Thiago Lopes de Resende.






sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz 2012

 Desejo sinceramente a todos que tenham um próximo ano com muita paz e que sejamos pessoas boas com muito amor no coração,tudo com a proteção de Deus e seu filho Jesus Cristo.
 Obrigado a todos que visitaram meu humilde blog no ano que passou e sou muito grato também aos amigos que me apoiaram no momento difícil que passei,a vida é assim,enquanto uns estão tristes,outros estão felizes.
 Um forte abraço!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sinos e ferrovia

 Antes de tudo,peço desculpa aos amigos leitores deste humilde blog pelo tempo em que fiquei sem postar nada,para quem leu a triste postagem anterior sabe o motivo,minha maquete está praticamente parada desde o acontecido,sabe quando parece que o chão nos falta,que as coisas materiais perdem o sentido,pois é assim que eu estava me sentindo,estava não,ainda estou,mas o que aconteceu não tem volta e por mais difícil que seja enfrentar a perda de uma pessoa tão querida,percebi que nada irá reverter o tempo,então em um de meus momentos de reflexão decidi voltar a fazer coisas que já não fazia a muito tempo como tocar guitarra (se Deus permitir remontarei a banda com meus amigos),procurar mais os amigos que ainda me restam (que graças a Deus são muitos) e entre outras coisas,tocar sino.Hã?Isso mesmo,vocês não leram errado,já fui tocador de sino e sineiro (a diferençao do tocador de sino e sineiro é que o segundo além de tocar sino é também o responsável pelos sinos da igreja).São João del-Rei é conhecida como terra da música (por causa de suas orquestras) e terra onde os sinos falam além de chamar a atenção por causa da Maria-fumaça também.Pensei o seguinte "a vida de minha amiga foi ceifada justamente no momento em que ela estava mais feliz,ao lado de que a amava e tudo estava dando certo para ela",pois é,mas eu só saía de casa pra trabalhar e mais nada,de uma hora pra outra minha vida poderá se apagar e eu nem sequer teria aproveitado nada,aí resolvi subir de novo nas torres das igrejas.
 Depois de 12 anos,estava eu novamente subindo as escadas de madeira da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar em São João del-Rei na ocasião da procissão de Nossa Senhora da Mercês,o pessoal da torre não era o mesmo de quando eu comecei,me senti um vovô perto deles,mas ainda consegui lembrar como se "tirava" um dos repiques mais clássicos,a "terentena",claro que não repiquei como antigamente,afinal depois de 12 anos sem tocar sino  acabei perdendo a prática,mas foi durante esse repique que notei algo interessantíssimo que está ligado a nossa "bitolinha".
  Para os que não conhecem a história dos sinos de São João del-Rei,vou tentar resumir para que entendam.Cada sino de cada igreja da cidade recebeu uma bênção quando foi colocado na torre,com isso recebeu um nome (que pode estar associado a irmandade,nome de santo,etc...) e na Matriz do Pilar os nomes deles são (olhando de frente para a igreja):

Torre esquerda:
a) pela frente: o sino dos Passos (considerado o de som mais bonito da cidade).
b) lateral esquerda: o sino da Boa Morte (um dos mais perigosos da cidade).
c) ao fundo: existe um pequeno sino usado para dobres fúnebres o qual não me lembro o nome.

Torre direita:
a) pela frente: o sino do Santíssimo Sacramento,considerado o mais importante da cidade,além de ser o mais usado em dobres,nele também soam as pancadas do relógio (hora inteira e 3/4 da hora)
b) lateral esquerda: o sino das Almas (pertencente a irmandade de São Miguel e Almas),esse sino também é chamado de Daniel (embora raramente)
c) lateral direita: o sino "Novo" ou da Fábrica (conhecido entre os tocadores de sino como "meiãozinho",nesse sino soam as pancadas do relógio correspondentes a 1/2 e 1/4 da hora.
d) ao fundo: o sino pequeno da Boa Morte,usado em todos os repiques e em alguns dobres fúnebres.

  Não vou entrar em detalhes quanto as modalidades de dobres e repiques,pois não vem ao caso,o que me chamou a atenção enquanto eu repicava o sino da Almas foram 3 letrinhas gravadas no bronze,são elas "RMV",sim a tal Rede Mineira de Viação.A maioria dos sinos tem inscrições gravadas no bronze,algumas são frases em latin,outras são dados do fabricante,homenagens,datas,etc...,no sino das Almas tem "RMV",então eu li toda a frase e ele dizia "REFUNDIDO NO ANO DE 1950 NAS OFICINAS DA RMV DE DIVINÓPOLIS",pois é,até pra isso as oficinas de Divinópolis serviram,dessas oficinas,saíram locomotivas,vagões,etc...,e agora eu descubro que pelo menos um dos sinos das igrejas de São João del-Rei foi refundido lá,parece algo simples mas não é,a refundição é algo muito complicado pois o refundidor poderá danificar o sino para sempre,cada sino tem uma nota musical específica,alguns são mais abafados do que outros e por aí vai...
 As refundições de sinos geralmente são feitas em locais próprios por gente que tem o dom pra isso,um exemplo de refundição mal feita foi a última que fizeram no sino São pedro de Alcântara (conhecido como Popoló) da Igreja São Francisco de Assis em São João del-Rei,esse sino é muito famoso e ficou conhecido como "sino assassino" pois em 1930 ele atingiu um sineiro durante um dobre ferindo-o de morte (mas isso é outra história),ele tinha um som marcante,grave,abafado,de respeito mesmo,aí foi pra refundição e voltou com um som estridente em outro tom e não durou muito,já rachou de novo.
  Como exemplo de refundição muito bem feita temos o sino das Almas,o trabalho que a RMV fez é digno dos melhores mestres,está do mesmo modo de quando voltou de Divinópolis em 1950 e desde então não foi refundido de novo,não dava pra esperar menos das oficinas onde foram fabricadas locomotivas a vapor em plena a II Guerra Mundial.Fico pensando "será que alguém teria registrado em fotografias essa viagem de trem do sino da Almas de São João del-Rei até Divinópolis?".
  Bom,mesmo ainda abalado com o que aconteceu com minha amiga,espero retomar as atividades do blog com carinho como fazia antes,mesmo que seja com histórias curiosas como essa do sino que "passeou de trem".

O sino das Almas em primeiro plano,ao fundo vemos o sino da Boa Morte.Foto de Thiago Lopes de Resende.

Detalhe do sino das Almas onde podemos ler claramente "Refundido no ano de 1950 nas oficinas da RMV em Divinópolis" e logo embaixo entre quatro estrelas está gravado "1827",talvêz seja esse o ano de fabricação desse sino.Foto de Thiago Lopes de Resende.

domingo, 28 de agosto de 2011

Estrada de ferro Oeste de Minas - 130 anos da inauguração

 Continuação da postagem anterior...

 Depois de todos os preparativos que aconteceram no sábado dia 27-08-1881 finalmente é chegado o dia da inauguração da ferrovia.Domingo dia  28 de agosto de 1881,na estação de Sítio todos aguardam a chegada do imperador Dom Pedro II e sua comitiva,eles chegam antes das 06:00h da manhã no trem da E.F. Dom Pedro II (Central do Brasil),um trem mais que especial da EFOM já está na estação,a locomotiva que irá tracioná-lo na viagem inaugural será a Nº 1,uma Baldwin American do tipo Montezuma com configuração inside-frame (sem contra-balanços) e o maquinista que terá a honra de conduzí-la será o Sr. Felipe Marcheti (uma vila e uma rua em São João del-Rei levam seu nome).
 Após a benção da nova estrada de ferro,a primeira genuinamente mineira,o trem deixa a estação de Sítio e parte para a outra ponta da linha,ou seja,São João del-Rei,dá até para imaginar a euforia das pessoas vendo pela primeira vez o tal "cavalo de ferro" soltando fumaça pelos verdes campos de Minas Gerais.
 O trem finalmente chega a São João del-Rei à noite,o apito e o sino da locomotiva anunciavam a chegada dos ilustres passageiros,depois do desembarque na estação de São João del-Rei a cerimônia ainda continuou com queima de fogos e apresentação da banda.
 Tudo ocorreu com o esperado e estava inaugurada a Estrada de Ferro Oeste de Minas.
 O restante da linha que culminaria em Barra do Paraopeba seria construída e inaugurada poucos anos mais tarde.
 Cem anos mais tarde,em 28 de agosto de 1981 foi inaugurado o museu ferroviário e a peça principal de seu acervo é a locomotiva Nº 1 que inaugurou a ferrovia,tal evento contou com a presença de descendentes da família Baldwin que vieram conferir o local com o maior número de locomotivas Baldwin's em plena atividade,vale lembrar que a linha da bitolinha da EFOM não é a única do mundo em bitola de 76 cm como dizem,é sim a única do Brasil,também não é a ferrovia mais antiga em funcionamento,é sim a mais antiga em funcionamento ininterrupto do mundo,outro fato que deve ser lembrado é que muitas pessoas e inclusive a mídia dizem que o trem turístico de São João del-Rei é "puxado por locomotivas da época do império",isso é a maior mentira pois as locomotivas que tracionam o trem turístico hoje foram fabricadas entre 1908 e 1919,ou seja,o Brasil já era uma república,mas existem locomotivas imperiais "preservadas" em São João del-Rei.

Fonte de pesquisa: "Uma Viagem pelos Trilhos da Centro Oeste" de Ricardo Coimbra  (ótimo livro)

Inauguração da EFOM (provavelmente a cerimônia de assinatura).Acervo do Arquivo Público Mineiro.

A locomotiva N° 1 na fábrica em abril de 1880.Foto Baldwin Locomotive Works.

A Nº 1 em 1972 como monumento estático na sede da Viação Férrea Centro-Oeste (VFCO) em Belo Horizonte.Foto de Guido Motta

A Nº 1 colocada na carreta que a traria de volta a São João del-Rei em 1979.

A Nº 1 em São João del-Rei em 1980,pouco antes de ser levada ao museu.Autor desconhecido.

A Nº 1 dentro do museu em 2010.Foto de Thiago Lopes de Resende.
 


sábado, 27 de agosto de 2011

Véspera dos 130 anos da EFOM

 Sábado 27 de agosto de 2011,apenas mais um dia que vai passando rapidamente,é nada de mais,mas imaginem um mesmo sábado dia 27 de agosto exatamente 130 anos atrás,isso mesmo por coincidência o dia 27 de agosto de 1881 também caiu num sábado,mas o que tem essa data de tão especial?
 Os primeiros ferroviários da recém criada "Companhia Estrada de Ferro Oeste de Minas" nesse dia deveriam estar apreensivos pois se tratava da véspera da inauguração oficial da estrada de ferro,de Sítio (Antônio Carlos) a São João del-Rei todas as estações,lugares estavam sendo preparados para a viagem inaugural da primeira ferrovia de Minas Gerais (lembrando que até a criação da EFOM todas as ferrovias que adentravam o território mineiro pertenciam a outros estados),tudo deveria ocorrer como o esperado,a locomotiva,os carros,os vagões,os trabalhadores,etc,nada poderia falhar no dia seguinte.
 A estação mais antiga da EFOM era a estação de Sítio que foi aberta pela Estrada de Ferro Dom Pedro II (Central do Brasil) em 21 de março de 1878 mas as primeiras estações construídas pela EFOM foram as de Padre Brito (ilhéus) e Barroso ambas inauguradas em 30 de setembro de 1880 quando os trens começaram a trafegar auxiliando nos testes,o trecho até Barroso era de 49 Km e depois foi extendida até São João del-Rei.
 Quando a linha chegou até São João del-Rei a EFOM já havia construído mais estações ou paradas no trecho,então por ordem de quilometragem a sequência era, Sítio no Km 0;Padre Brito no Km 23,3;Barroso no Km 48,8;Prados no Km 67,8;São José del-Rei (Tiradentes) no Km 85,6;Casa de Pedra no Km 88,5 e São João del-Rei no Km 98,4 desta lista apenas as estações de Sítio,Padre Brito e Barroso haviam sido inauguradas antes,o restante foi inaugurado juntamente com a linha até São João del-Rei.
 Um fato curioso era a declividade da linha nesse trecho de quase 100 Km,de São João del-Rei até Sítio a linha subia 179 metros sendo o trecho próximo a Padre Brito o mais inclinado.

Continua... 

1- Sítio

2- Padre Brito

3- Barroso

4- Prados



5- São José del-Rei
6- Casa de Pedra
7- São João del-Rei