terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ramais da Bitolinha da Oeste de Minas.

 Como vimos na postagem anterior o primeiro ramal a ser construído foi o de Ribeirão Vermelho que mais tarde seria prolongado até Lavras,este foi o único ramal feito antes mesmo da finalização da linha tronco,os outro ramais só foram feito após a conclusão da linha tronco,ou seja,só após ter atingido Barra do Paraopeba.Como consta no excelente livro "Uma Viagem Pelos Trilhos da Centro Oeste" de Ricardo Coimbra e mais algumas fontes,a EFOM construiu vários ramais para a Bitolinha que por ordem de posição na linha tronco a partir do Km 0 seriam:

De Campolide a Barbacena com 12 Km de extensão,apesar de ser o primeiro na posição esse foi provavelmente o último a ser construído.

Da estação de São João del-Rei até a estação Chagas Dória com 3 Km de extensão,que só durou como ramal até a retificação da linha tronco quando passou a fazer parte da mesma.

Da estação Chagas Dória até Águas Santas com 11 Km,desse ramal partia um sub-ramal chamado de Ramal do Cascalho.

Do Pombal até o Penedo,esse é um dos ramais que pouco se sabe a respeito,não restou fotos,documentos,etc...,sabe-se apenas que ela partia do Pombal onde havia um triângulo de reversão em direção ao povoado de Penedo um pouco a frente de Ritápolis.

Em Congo Fino até a erradicação da linha em 1984 havia um triângulo de reversão e muita gente afirma que os antigos diziam que dali saia um ramal em direção ao minério entre Conceição da Barra e São Tiago,mas até mesmo alguns ferroviários dizem não saber ao certo esse fato,não desmentem mas também não afirmam.Motivos para ter um ramal ali com certeza tinham.

De Aureliano Mourão até Ribeirão Vermelho (depois extendido até Lavras).

De Gonçalves Ferreira até Itapecerica com uns 35 Km.

De Gonçalves Ferreira até Cláudio com 26 Km.

De Martinho Campos (depois Velho da Taipa) até Pitangui com 3 Km.

 Esses ramais foram sendo desativados em ordem contrária a suas posições,primeiro o de Pitangui,depois os de Cláudio e Itapecerica,etc...
Locomotiva 70 da RMV na estação de Barbacena.Autor desconhecido.

Trens da RFFSA nos dois lados da plataforma da estação Chagas Dória em dia de festa da Santíssima Trindade em Tiradentes em junho de 1983.Autor desconhecido.

Estação de César de Pina,provavelmente em 1940.Fotografia do acervo da Família Veloso.

Estação das Águas Santas em 1956.Foto da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros,IBGE,1957.

Estação de Pedra Negra em 2002.Foto extraída do livro "As ferrovias em Minas Gerais" de Pimenta,Eleutério e Caramuru,SESC,2003.

Trem da bitolinha chegando em Lavras na década de 1930.Autor desconhecido.

Estação de Lamounier vista do lado da plataforma,em 2003.Autor desconhecido.

Estação de Itapecerica em 1927.Autor desconhecido.

Antiga estação ferroviária de Cláudio já sem as linhas.Autor desconhecido.

Locomotiva 53 na estação de Pitangui,provavelmente em 1950,na plataforma da estação,ponto final do ramal de três quilômetros com bitola mista.Autor desconhecido.
 Só para constar,o ramal das Águas Santas apesar de pequeno não servia apenas para levar os passageiros até o balneário do mesmo nome,mas os trens também carregavam vários produtos como laticínios,tijolos e até mesmo minério em algumas de suas pequenas estações e paradas,o ramal de Barbacena durante sua operação também funcionou como ponto de ligação com a Central do Brasil antes apenas na estação de Antônio Carlos.

7 comentários:

  1. Amigo, não sei se visita sempre seu blog, tambem não sou historiador, mas, gostaria de saber o local exato do virador de locomotivas na estação de Barbacena, por acaso, me ajudaria a encontrar uma foto, mapa ou qualquer outra coisa?

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  2. Eu também sou aficionado por ferrovias, mas por todas elas. O meu hobby é descobrir as ferrovias desativadas e percorrê-las de bike, ou a pé.
    Consegui levantar todo o trecho do ramal "desconhecido" que saía da estação de Congo Fino e ia até uma mineração, acho que de manganês, no município de RITÁPOLIS.
    Pretendo percorrê-lo de bike, apesar de, em alguns trechos, ser impossível.
    Gostaria de enviar-lhe dois arquivos .kml que eu gerei, que podem ser visualizados no Google Earth, mostrando o famoso ramal.

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    1. Òtimo achado Juarez Velasco, pois já percorri o suposto trecho e nem consegui achar nem mesmo um registro do aterro supostamente construído.ache-nos no Facebook pois Thiago não mais atualiza esse blog!

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    2. Que legal Juarez! Eu não atualizei mais o blog por vários motivos mas pretendo em breve continuar com o trabalho, enfim, pode entrar em contato comigo pelo e-mail loucoporaviao@gmail.com ou então via Facebook como o Bruno disse. Abraço!

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  3. Olá, boa noite/tarde/dia, eu sou de Barbacena e estudante de teatro, eu e a minha turma temos um projeto para contar histórias da Estação Ferroviária de Barbacena e para isso temos que fazer uma pesquisa sobre o local. Será que alguém poderia me dar uma informação sobre horários ou trajetos de trens que passavam por aquela estação? Qualquer informação será muito bem-vinda. Desde já agradeço.

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  4. Sou fã da estrada de ferro oeste de minas muitas histórias morei perto da parada dos moinhos gosto de ver documentários que fala sobre é ler pena que acabou tudo

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