sábado, 9 de abril de 2011

Bitolinhazinha - Cenário e via férrea Parte I

 Caros amigos,falarei hoje e em algumas futuras postagens da parte mais trabalhosa de uma maquete que é a confecção do cenário,em minha maquete HO fiz um cenário quase todo plano exceto pelo morro,mas nessa nova em escala 1:48 bem mais detalhada optei por fazer vários relevos como valas,buracos,morro,etc...
 Ao contrário do que parece,moldar um relevo não difícil pois se fosse tudo calculado seria irreal já que a natureza é toda irregular,mas isso não significa fazer as coisas de qualquer jeito.
 Outra coisa que toma bastante o tempo é o traçado da via férrea,na minha opinião é a parte mais difícil de todo o processo de modelagem de uma maquete pois além de pregar os trilhos,a gente precisa projetar com cuidado todo o traçado antes para não ocorrer futuros problemas,o segredo é planejar muito bem nesse ponto pois quando toda a linha já estiver lastrada com brita ou cascalho será difícil a instalação de mais um AMV (desvio) por exemplo.No meu caso optei mais uma vez em fazer uma maquete oval como a primeira por causa do problema de falta de espaço,mas para não ficar muito vazia resolvi construir um triângulo de reversão bem  no meio do oval.A maior parte dos trilhos são flexíveis de níquel da marca Model Power,os AMV's esquerdo e direito são de níquel da marca Lima,o AMV central na ponta do triângulo foi difícil de se conseguir,trata-se de um WYE (tipo Y) da Marca Shinohara (Walthers) feito no Japão e alguns trilhos retos são de aço da marca Atlas,só nos trilhos encontrei vários problemas,como decidi fazer toda a linha com trilhos de níquel (prata) ao invés de latão (dourado) o material ficou mais caro mas o realismo é mais evidente,para quem não está acostumado com o ferreomodelismo,existem algumas variações de trilhos mesmo os da mesma escala,existem code 100,code 80,etc...,por exemplo,um trilho HO code 100 é menos realístico do que um trilho HO code 83,isso devido ao fato de o code 83 estar com todas as medidas totalmente dentro da escala enquanto que o code 100 é um pouco mais largo e alto,mesmo assim o code 100 é mais popular a algumas locomotivas de vários fabricantes não conseguem rodar nos trilhos code 83 por causa dos flanges das rodas serem maior do que deveriam ser,um desses fabricantes é a Frateschi,isso não deveria ser um problema pra mim já que o meu materia rodante é todo da fabricante Bachmann,mas o desvio central eu só consegui o code 83 e todo restante da linha é code 100,para unir essas peças eu teria que nivelar a face superior dos trilhos e não os dormentes e para isso tinha duas opções,a primeira seria com talas especiais e a segunda seria com solda,optei pela segunda.Tudo ficou bom até que a dilatação devida as mudanças climáticas quebrou essa junção,mas resolvi forçando os trilhos do AMV com pequenos pregos,meu conselho para quem enfrentar problema semelhante é que opte pelas talas ao invés da solda.
 Outro problema em relação aos trilhos foi o fato de ter completado a linha com trilhos de aço,não tive escolha já que os de níquel que eu estava usando já tinham acabado na loja,então teria que colocar os de latão ou os de aço,fiquei com os de aço pelo realismo,ficaram muito bons até começar a temporada de chuva,com o tempo úmido os trilhos de níquel oxidaram e não davam contato elétrico com a locomotiva que parava sempre que passava por eles,resolvi isso lixando-os e para manter tudo funcionando perfeitamente sempre aplico uma fina camada protetora de óleo desengripante,quando quero rodar o trem basta passar uma flanela para retirar o óleo.
 A base de apoio dos trilhos foi feita de metalon,os pés da maquete são de madeira bem como várias parte que sustentam o cenário.O relevo é feito com gesso e para que depois de seca essas partes não rachem,basta adicionar um pouco de cola branca á mistura de água e gesso em pó.
 Para que os trilhos ficassem ainda mais reais pintei as laterais com tinta PVA marrom misturado com vermelho para dar uma aparência de ferrugem,os dormentes também foram pintados um a um de marrom.
 Os AMV's direito e esquerdo já eram usados e tive que reformá-los por completo,mas mesmo assim sempre que a locomotiva passava por eles entrando pelo lado curvo descarrilava,demorei muito para descobrir a causo e constatei que era por causa dos contra-trilhos de plástico gastos,então os removi com muito cuidado para não danificar a peça inteira,fiz outros contra-trilhos com pedaços de trilhos de níquel e coloquei quase no mesmo lugar dos originais,apenas afastei um pouco para frente para melhorar o funcionamento e deu tudo certo.
 Todo trabalho é assim mesmo,sempre vai surgir situações desanimadoras,o segredo é sempre persistir.Até a próxima.

Visão geral do traçado.Foto de Thiago Lopes de Resende.

Triângulo de reversão para manobrar a locomotiva.Foto de Thiago Lopes de Resende.

Junção do desvio Y com o restante da linha.Foto de Thiago Lopes de Resende.

Desvio Y,note a solda dos trilhos.Foto de Thiago Lopes de Resende.

Máquina de desvio da marca Atlas em baixo do tablado.Foto de Thiago Lopes de Resende.

Desvio direito,note os contra-trilhos de metal.Foto de Thiago Lopes de Resende.

Colocação de pedaços de madeira para completar algumas partes da maquete.Foto de Thiago Lopes de Resende.


Colocação de pedaços de madeira para completar algumas partes da maquete.Foto de Thiago Lopes de Resende.


A maquete em outro ângulo.Foto de Thiago Lopes de Resende.


Pintura dos trilhos.Foto de Thiago Lopes de Resende.

Pintura dos trilhos.Foto de Thiago Lopes de Resende.

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